Thursday, December 11, 2008

verão frio

Hoje minha tristeza é compartilhada com as paredes.
Frias, lisas, apenas me observam.
Sigo as linhas, tento convergências
O desamparo toma conta do vão.
Ando pelas quinas

A alma não acalma
A desolação bate no teto
O aconchego é branco

6 comments:

Adrianna Coelho said...


esse poema me lembrou os contos de lovecraft, por tornar tão substanciais os sentimentos a ponto de preencherem os espaços físicos...

esse me colocou num claustro!
fantástico (e ótimo)

Helena Machado said...

Nossa, Hélio. Estou especialmente assim também. Não deixa de ser bom achar ressonância.

Anonymous said...

Tão belo quanto triste.
Seria só o poema ou também o poeta?!?!

Cosmunicando said...

andar pelas quinas... tanta imagem certeira nesse poema que não cabe no vão da tristeza.

Lídia said...

A desolação bate no teto, ricocheteia e vai pra onde?

=)

Sofia Fada said...

é muito forte isso: o aconchego é branco.

e gostei muito dos poemas que vc colocou no meu blog, principalmente de colatereal.

bjs