A cama era um altar
O vinho corria nas veias
E o amor foi profanado nos lábios
Monday, October 17, 2011
Wednesday, October 12, 2011
Friday, October 07, 2011
unplugged
Os útimos contatos foram só
mentiras
falsidade
hipocrisia
dissimulação
e até leviandades
Puxei o fio.
mentiras
falsidade
hipocrisia
dissimulação
e até leviandades
Puxei o fio.
Monday, September 26, 2011
Wednesday, September 14, 2011
Thursday, September 01, 2011
existência
remoendo as minhas
mordeduras internas
o ranger dos dentes
das juntas, do cascalho
à espera da transição
mordeduras internas
o ranger dos dentes
das juntas, do cascalho
à espera da transição
Tuesday, August 23, 2011
Sunday, August 21, 2011
Thursday, August 18, 2011
um, dois e...
jogue o jogo
escolhidas as armas
o duelo está pronto
honre as regras
para perder
e até para morrer
é preciso ter dignidade
escolhidas as armas
o duelo está pronto
honre as regras
para perder
e até para morrer
é preciso ter dignidade
trégua
o guerreiro está ferido
nada de batalhas, dragões
e princesas
o repouso é longo
a recuperação é lenta
a bandeira é branca
nada de batalhas, dragões
e princesas
o repouso é longo
a recuperação é lenta
a bandeira é branca
Wednesday, August 17, 2011
isenta
Suava frio. Um suor frio como iceberg.
Não era de pânico, era de frieza, mesmo.
Uma esfinge indiferente ao clima.
Um colosso inerte no tempo.
A indiferença não sua nem gela,
mas a frieza escorre na cara.
Não era de pânico, era de frieza, mesmo.
Uma esfinge indiferente ao clima.
Um colosso inerte no tempo.
A indiferença não sua nem gela,
mas a frieza escorre na cara.
Tuesday, August 16, 2011
hiato
palavras descoladas
de emoção
tapumes que encerram
intenções lívidas
terreno ardiloso
construções inóspitas
de emoção
tapumes que encerram
intenções lívidas
terreno ardiloso
construções inóspitas
Friday, August 12, 2011
batalha
em meio à fumaça
brandindo a espada no campo
o soldado perdido
coração capenga
lucidez turva
a ilusão nua
o mundo apoiado
sobre um joelho
brandindo a espada no campo
o soldado perdido
coração capenga
lucidez turva
a ilusão nua
o mundo apoiado
sobre um joelho
Wednesday, August 10, 2011
Tuesday, August 09, 2011
Friday, August 05, 2011
Tuesday, July 26, 2011
Monday, July 25, 2011
Wednesday, July 20, 2011
cambista de ocasião
Vendo vassoura e produtos de limpeza
a rodo.
Um vaso de flores entristecidas
e entradas para o zoológico.
a rodo.
Um vaso de flores entristecidas
e entradas para o zoológico.
Tuesday, July 19, 2011
Thursday, July 07, 2011
Wednesday, July 06, 2011
Wednesday, June 29, 2011
Monday, June 27, 2011
motim
não foi o navio pirata que abordou
nem foi o navio negreiro que raptou
foi a intifada da amada
que fez o levante da âncora
e zarpou
nem foi o navio negreiro que raptou
foi a intifada da amada
que fez o levante da âncora
e zarpou
Monday, June 20, 2011
Wednesday, June 08, 2011
bagagem
levo comigo um punhado de pedras
as que me acertaram
as que catei na rudeza dos caminhos
aquelas nas quais eu tropecei
levo comigo também as perdas
- um fardo na existência
que me leva a deixar rastros
trago comigo as penas – as sentidas e as imputadas
mas me faltam aquelas que me alçariam voo
e me tornariam mais leve
as que me acertaram
as que catei na rudeza dos caminhos
aquelas nas quais eu tropecei
levo comigo também as perdas
- um fardo na existência
que me leva a deixar rastros
trago comigo as penas – as sentidas e as imputadas
mas me faltam aquelas que me alçariam voo
e me tornariam mais leve
Saturday, May 28, 2011
Thursday, May 26, 2011
frêmito
A paixão é ave fugidia
alçapão não pega
ninho não aquece
pão não segura
um voo mais rasante
um mergulho no infinito
e o voo sem volta
penas e danos
voo sem revolta
alçapão não pega
ninho não aquece
pão não segura
um voo mais rasante
um mergulho no infinito
e o voo sem volta
penas e danos
voo sem revolta
Monday, May 23, 2011
Sunday, May 22, 2011
Thursday, May 19, 2011
Monday, May 16, 2011
Wednesday, May 11, 2011
Monday, May 02, 2011
Saturday, April 30, 2011
Tuesday, April 26, 2011
Monday, April 25, 2011
estojo de critérios
O lápis vive se queixando da borracha,
diz que ela é uma desmancha-prazeres.
Enquanto a caneta ri soberba.
diz que ela é uma desmancha-prazeres.
Enquanto a caneta ri soberba.
Tuesday, March 29, 2011
espectro (letra de música)
Ninguém tem nada a ver com a minha dor
Ninguém tem nada a ver com a minha cor
O problema é todo meu
Ninguém tem nada com isso
Ninguém tem nada comigo
Se a Rita me irrita, eu que me irrito
Ela tá na dela, ela é assim, eu sou assado
Sai fora da Rita, desse círculo viciado
Não se importe tanto
Não importar é o que importa
Dê um fim nisso
O meio não pode ser seu fim
O meio pode ser seu fim
Ou então voe alto
Para longe, em outros ares
Menos densos, mais raros
Outros lugares
Flutue, isso, respire, isso
O seu meio, o seu habitat
É você quem faz
Os fins não justificam os meios
O meio não pode ser seu fim
Ninguém tem nada a ver com a minha cor
O problema é todo meu
Ninguém tem nada com isso
Ninguém tem nada comigo
Se a Rita me irrita, eu que me irrito
Ela tá na dela, ela é assim, eu sou assado
Sai fora da Rita, desse círculo viciado
Não se importe tanto
Não importar é o que importa
Dê um fim nisso
O meio não pode ser seu fim
O meio pode ser seu fim
Ou então voe alto
Para longe, em outros ares
Menos densos, mais raros
Outros lugares
Flutue, isso, respire, isso
O seu meio, o seu habitat
É você quem faz
Os fins não justificam os meios
O meio não pode ser seu fim
Wednesday, February 16, 2011
Sunday, February 13, 2011
Thursday, February 10, 2011
Friday, January 28, 2011
expressão
Não sabia escrever um poema de amor.
Que horror!
Entretanto, falava “eu te amo” com a maior desenvoltura.
Que loucura.
Já ele, descrevia bem a sua paixão.
Sem discrição.
E diz que dizia, mais era com os olhos.
Que horror!
Entretanto, falava “eu te amo” com a maior desenvoltura.
Que loucura.
Já ele, descrevia bem a sua paixão.
Sem discrição.
E diz que dizia, mais era com os olhos.
Tuesday, January 25, 2011
Thursday, January 20, 2011
inércia
O alvo quando está longe
Não tem mira
Não tem alcance
A distância é cruel
O olhar distante
Perto, só a lembrança
A saudade de viés
O cheiro.
Um vaivém paralítico
Uma alma engessada
Âncora
Não tem mira
Não tem alcance
A distância é cruel
O olhar distante
Perto, só a lembrança
A saudade de viés
O cheiro.
Um vaivém paralítico
Uma alma engessada
Âncora
Wednesday, January 12, 2011
E vamo que vamo.
Acordou,
colocou o dedo na tomada,
tomou sopa de letrinha
e uma injeção eletrônica.
Saiu pro dia naquele estado.
De choque, de surto-circuito.
colocou o dedo na tomada,
tomou sopa de letrinha
e uma injeção eletrônica.
Saiu pro dia naquele estado.
De choque, de surto-circuito.
Tuesday, January 11, 2011
teclada
“Quero te ver descendo daquele ônibus... é a situação mais real de todas, se não for a única. Porque o resto - cama, vinho, poesia -, isso é sonho, meu amor, isso é sonho.”
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