Hoje minha tristeza é compartilhada com as paredes.
Frias, lisas, apenas me observam.
Sigo as linhas, tento convergências
O desamparo toma conta do vão.
Ando pelas quinas
A alma não acalma
A desolação bate no teto
O aconchego é branco
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6 comments:
esse poema me lembrou os contos de lovecraft, por tornar tão substanciais os sentimentos a ponto de preencherem os espaços físicos...
esse me colocou num claustro!
fantástico (e ótimo)
Nossa, Hélio. Estou especialmente assim também. Não deixa de ser bom achar ressonância.
Tão belo quanto triste.
Seria só o poema ou também o poeta?!?!
andar pelas quinas... tanta imagem certeira nesse poema que não cabe no vão da tristeza.
A desolação bate no teto, ricocheteia e vai pra onde?
=)
é muito forte isso: o aconchego é branco.
e gostei muito dos poemas que vc colocou no meu blog, principalmente de colatereal.
bjs
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